sábado, 13 de março de 2010

De como se vê.

Fig. - Ballerine en cabeza de muerte - Salvador Dalí, 1939

Se ainda não perdemos a criatividade de sempre enxergar belezas, nada está perdido. Um brinde à criatividade!

Deixo-lhes uma música: Vanessa da Mata - ''Zé''

Você dita ao meu coração
O que ele não quer aprender, Zé
Você quer que o meu coração
Siga a tua receita só
Não, quero que aceite
O jeito que eu te dou de mulher
Não, e aproveite
O resto o tempo dá jeito
Mesmo que tenha a minha oração
Que você dispensa Zé
Você faz com que o meu coração
Siga a tua beleza só
Vá lembrar a tardinha
Quando nos conhecemos Zé
Havia uma beleza ali
Ou era criatividade minha
Quando andava pela rua
Cor de sol amarelo ouro
Me fitava e eu me avermelhando
Som de jardim de sonho
Zé, era seis da tarde
Dia e escuridão
Tinha tom, sino e alarme
Roubando o meu coração
Hortelã, alecrim e jasmim
Ave Maria cantando
Ela tão satisfeita por mim
E eu num galho do sol
Que nem passarinho
Que nem passarinho
Desvanecida de amor
Cor de carmim







segunda-feira, 30 de novembro de 2009

De início.


Ao que necessito expor a vida. Não a vida em si, o que seria algo mais que simples pretensão da minha parte. Refiro-me à vida que chega a mim, através das minhas lentes borradas, desvirtuadas pelo tempo e pela miopia. Dessa maneira, a verdade não consta entre os meus compromissos. Melhor dizer que não creio em sua existência e tal idéia renova-se em mim a cada instante.


Motivos minguaram. Justificativas não me atraem mais. Apenas ser, de bom jeito que à sua alma agrade e só. Sobre paz e tranqüilidade ouve-se muito. Melhor seria sentir e só, apenas ser. Construções exóticas aos olhos externos, outros e mais outros, os quais nunca alcançarão os reais sentimentos alheios. Menos verdades.


E nos bons dias, quase brancos. Quase, pois há graça. Invisível talvez aos que passam, passos apressados, passarão. Impossível aos incrédulos, vultos desnorteados, folhas secas ao vento torto. A mim, sentimento margeando a plenitude, desbravando em paralelo, ao seguir o curso de um caminho impreciso, assim como eu.
Eduardo Maia